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quinta-feira, 21 de março de 2013

Hóspede


Bateu à porta,
Pediu um copo d'água
E eu logo chamei para entrar.
Falei da minha rotina torta,
Contei inúmeras mágoas,
Preparei um café
E começamos a tomar.
Sem que déssemos fé,
A noite chegou
E a visita timidamente falou
Que não tinha casa, tampouco onde dormir...
Após muito insistir,
Ofereci o quarto de hóspedes.
Separei um lençol limpo e fui aos meus aposentos.
Com o passar dos tempos,
Sem que eu percebesse,
Minha cama foi ficando pequena
E eu, apertada contra a parede.
Já dormia ao meu lado,
Ocupava grande espaço;
Até puxava o cobertor.
Hoje chamo de amor,
Companheiro querido, eterno amigo:
Nossa intimidade chegou ao cume.
Reitero sempre e sorrindo, digo:
Bem-vindo a minha vida, ciúme.

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