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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Berço


Quando me apontam como funesta
Vejo minha insignificância;
Também percebo a ignorância
De quem não me considera honesta.

Se da morbidez sou assim -mestra-,
Eu não noto tanta relevância
De ter nas trevas última estância
Para refúgio, teto e festa!

Eu olho para a escuridão,
Não existe local mais lúgubre;
O égide do meu vil coração,

Já deixou de ser a longa oração...
É tão somente a marcha fúnebre,
A embalar meu berço: o caixão!

Sustento

Passei horas com a caneta na mão
Querendo encarnar meu eu-lírico,
Mas não vem meu olhar onírico
Tampouco a preciosa inspiração...

Para aquecer todo coração
Deve-se possuir senso crítico...
Entretanto, as frases do tísico
Emocionam toda geração!

Percebam então meu sustento
Que garante o pão de cada manhã;
Se não tenho dom e nenhum talento,

Deixo isso a seu julgamento...
Não se sabe o dia de amanhã
Nem quão grande será o tormento!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ela

Ela é a minha inspiração...
A mais perfeita das criaturas!
O seu olhar, cheio de candura
Encheu de alegria o meu coração.

Ela é esta, essa e aquela...
A razão da minha existência.
Por esse amor, peço clemência
E almejo sua carne bela!

Quando a vi e também conheci
Todo o meu ser, em êxtase entrou!
Ah minha musa, tanto eu te quis...

Tanto eu te quero! Você me quer?
O seu corpo o meu corpo desejou...
Diva, faça de mim o que quiser.