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terça-feira, 6 de agosto de 2013

SOUL-venirs


Há vida nas coisas inanimadas
A partir do momento em que adquirem significados.
Se acaso, com carinho, são tocadas,
Ganham a bênção de trazer recados.

Há vida nas coisas inanimadas
Quando remetem a histórias, memórias e espaços.
Despertam a nostalgia de datas
E relembram antiquíssimos laços.

Há vida nas coisas inanimadas
Porque as relações assim as revigoram, inconscientes.
Alianças, retratos, cartas, camisas desbotadas:
O amor dá à luz até a objetos inocentes.

Há vida nas coisas inanimadas
Porque o homem vê nelas o reflexo de seus erros.
Cada
souvenir é um ano de decisões equivocadas:
A mobília é um relicário de segredos.

3 comentários:

B. disse...

As vezes atribuimos um valor mais significativo a algo inanimado do que as próprias pessoas. E por trás de cada objeto, tem uma história que nos envolve.
Bela poesia!

Elaine disse...

Já pensou em escrever livros, Lara?

Seu trabalho é lindo, e sua inspiração é divina.

Que Deus mantenha seu dom.

Abraço carinhoso.

Elaine Cândida

Anônimo disse...

lindo,

sem dúvida há vida nas coisas inanimadas que assim, tornam-se "animadas".

bjo