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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Segredo de Confissão


 Fui ao confessionário com o padre conversar,
Consciência pesada por causa de um pecado:
Ia à missa sem nenhum intuito de rezar,
De olho na Rosinha, filha do delegado.

Que Deus me perdoe e tenha misericórdia,
Esse comichão é o mais forte sentimento...
Minha intenção nunca foi a de gerar discórdia
E só oro para que o sermão seja bem lento.

Para que assim eu fique admirando
A beleza de Rosinha, graciosa como o quê.
Comungo, na fila passo por ela olhando,
Mãos macias envoltas num terço azul bebê.

Senhor padre, não peço por clemência.
Mesmo tendo mentalidade mundana,
Pode me dar qualquer penitência,
Mas continuarei vindo à igreja toda semana.

13 comentários:

Anônimo disse...

perfeito, larinha.

Unknown disse...

Adorei!
Você é super detalhista nas descrições, consegui visualizar o terço azul bebê claramente.
Parabéns Lara!
Igrejas exigem que não sejamos humanos.

AquilesMarchel disse...

todomundo faz pecado quando a missa termina]
mt bommm

Andressa Tavares disse...

kkkk
ameeei!

Simone MartinS2 disse...

Ja fui a missa só para poder ver o coroinha, mas isso ja faz um bom tempo e hoje, nem sei se ele ainda existe, mas era motivo da igreja estar sempre cheia de meninas rezando e olhando o lindo rapaz, o coroinha...Adorei me lembrar desse fato..rsrsrs

B. disse...

Super criativo. Fugiu do seu 'padrão' textual. É despojado e tem um tom de humor. Gostei bastante.

Elisa Cunha disse...

Suas poesias são sempre dinâmicas, e essa tem aquele quê de humor. Adoro isso.

deia.s disse...

Aplausos.
Gostei da forma como foi escrito, aliás sempre gosto. A Rosinha deve ser mesmo um pedaço de mal caminho, rs, ou bom, quem sabe.

(F)

http://amar-go.blogspot.com/

Unknown disse...

Hahaha. É aquela velha história: Eu sei que não posso, mas eu quero. Se é mau caminho, eu não sei, mas por que não encaminhar-se no momento? hahaha
Muito bom,Lara!

Eliakim Silva - Geoabrangência disse...

Verdade, a larinha casa um detalhe aqui e outro aculá que sempre fazem a diferença

Anônimo disse...

A forma poemática tradicional
num conteúdo devastador
de um amor mundano insano
profano
poema meio nietzschino
repleto de cores e ritmos
num ambiente tradicional
abala qualquer coração
é poeta você é de macapá
eu de porto velho
muito massa minha mana!

Luiz Alfredo - poeta

Amanteli disse...

Boa, gostei. Já fiz o mesmo.
Saudades dos teus poemas.
bjãooo

Anônimo disse...

Muito bom mesmo! Perde-se o folego ao ler.

agora vou, mas volto.

inté!