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terça-feira, 31 de março de 2020

Bazar




me desapego do passado
como quem se despe de horas gastas
[pelas traças
não passo o passado a ferro
deixo amarrotado
penduro entre cabides
[e araras
uma roupa para vender no brechó
[junto com as coisas mais baratas.

Um comentário:

Franciéle Romero Machado disse...

Olá, boa noite!

Interessante, a forma que descreve as linhas abandonando as coisas do passado. Tem o sentido de tirar toda a importância, um desprendimento que seja natural e leve para deixar para trás. Como aquela roupa que não nos cabe, que nos despimos para novos ares. Parabéns pelos versos!

Abraço

Att,
Fran Romero do Blog Inventada Percepção- Poemas