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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Capitu


Manhã de uma segunda qualquer,
Com a mochila nas costas,
Ela parou, menina-mulher
Para abraçar uma árvore
Que chora...

Tarde de uma terça divina,
Olhos de cigana oblíqua...
Pedalou, mulher-menina,
Na bicicleta, a estrada passou
Longínqua...

Capitu...
Cadê tu?
Capitu,
Cadê tu?

Noite de sexta que prometia,
Boca que embriaga...
Dançou, inocentemente vadia,
Preguiçosa, esparramou-se
Pela sala...

Madrugada, domingo dormente,
Com sua saia comprida...
Rodopiou, vadiamente inocente
E ao seu lado, senti-me
Preenchida...

Toda semana...
Café na cama.
Toda semana...

A gente se ama...

Um comentário:

Lívia Almeida disse...

Lara, que lindo!!

Amo esta personagem e o poema ficou muito phoda.

*-*