domingo, 26 de outubro de 2014
Síndrome de Estocolmo
se amor é despedida
e o fim inevitável é sempre um adeus
não vejo justiça na vida
que teima em desgraçar os filhos seus.
amor de verdade é desprendimento,
um desalgemar da alma,
passagem só de ida com o vento,
uma esmola dada com calma.
prazo de validade?
quando a gaiola se abre
não importa a idade
apenas se sabe que é tarde.
dou-me por vencido.
o código de barras atesta:
produto podre, coração ferido,
acabou a festa.
culpa de quem?
do amor?
discordo, vou além.
o amor é indolor.
é desapego sincero,
um bem-querer que se quis,
um acenar singelo
de quem só quer ver o outro feliz.
responsabilizo pois,
os amantes.
que adiam, deixam para depois,
o que deveria ser feito antes.
os pulsos machucados
são libertos devagar...
com a jaula entreaberta
vou voltando a respirar:
posso voar!
mas prefiro ficar e esperar.
mais que amante, sou tola
por crer que a mola
do mundo é o amor.
e que o tempo não apaga
as contas das tecelãs do destino,
tampouco serve de adaga
para cravar no peito a lâmina do desatino.
as velhas costureiras me miram
com os olhos negros e enrugados
e tudo que me ensinam
é a não desistir do que está escrito e tatuado.
na pele
nas estrelas
no cerne
nas veias
e por escolher permanecer
sou refém da felicidade,
para contigo ser...
aprisionada por vontade.
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Um comentário:
Adivinha quem voltei?
A primeira pessoa de quem eu me lembro quando penso em blogs é você, Larinha... Senti muita falta de passar por aqui pra te ler. E olha, te admiro muito!
Admiro porque leva seus projetos adiante. Admiro porque segue sempre em frente e porque faz as coisas acontecerem através de seu próprio esforço, por mais que as condições não estejam favoráveis. Mas principalmente, te admiro pela artista que você é.
Fico muito feliz de ver que você continua escrevendo e desejo que esse coração esteja sempre cheio de poesia e amor pra dar.
Obrigada por ser uma de minhas maiores influências literárias.
Beijoooooooooo!
Lalinha .
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