Fui ao confessionário com o padre conversar,
Consciência pesada por causa de um pecado:
Ia à missa sem nenhum intuito de rezar,
Ia à missa sem nenhum intuito de rezar,
De olho na Rosinha, filha do delegado.
Que Deus me perdoe e tenha misericórdia,
Esse comichão é o mais forte sentimento...
Minha intenção nunca foi a de gerar discórdia
Minha intenção nunca foi a de gerar discórdia
E só oro para que o sermão seja bem lento.
Para que assim eu fique admirando
A beleza de Rosinha, graciosa como o quê.
Comungo, na fila passo por ela olhando,
Comungo, na fila passo por ela olhando,
Mãos macias envoltas num terço azul bebê.
Senhor padre, não peço por clemência.
Mesmo tendo mentalidade mundana,
Pode me dar qualquer penitência,
Mas continuarei vindo à igreja toda semana.
13 comentários:
perfeito, larinha.
Adorei!
Você é super detalhista nas descrições, consegui visualizar o terço azul bebê claramente.
Parabéns Lara!
Igrejas exigem que não sejamos humanos.
todomundo faz pecado quando a missa termina]
mt bommm
kkkk
ameeei!
Ja fui a missa só para poder ver o coroinha, mas isso ja faz um bom tempo e hoje, nem sei se ele ainda existe, mas era motivo da igreja estar sempre cheia de meninas rezando e olhando o lindo rapaz, o coroinha...Adorei me lembrar desse fato..rsrsrs
Super criativo. Fugiu do seu 'padrão' textual. É despojado e tem um tom de humor. Gostei bastante.
Suas poesias são sempre dinâmicas, e essa tem aquele quê de humor. Adoro isso.
Aplausos.
Gostei da forma como foi escrito, aliás sempre gosto. A Rosinha deve ser mesmo um pedaço de mal caminho, rs, ou bom, quem sabe.
(F)
http://amar-go.blogspot.com/
Hahaha. É aquela velha história: Eu sei que não posso, mas eu quero. Se é mau caminho, eu não sei, mas por que não encaminhar-se no momento? hahaha
Muito bom,Lara!
Verdade, a larinha casa um detalhe aqui e outro aculá que sempre fazem a diferença
A forma poemática tradicional
num conteúdo devastador
de um amor mundano insano
profano
poema meio nietzschino
repleto de cores e ritmos
num ambiente tradicional
abala qualquer coração
é poeta você é de macapá
eu de porto velho
muito massa minha mana!
Luiz Alfredo - poeta
Boa, gostei. Já fiz o mesmo.
Saudades dos teus poemas.
bjãooo
Muito bom mesmo! Perde-se o folego ao ler.
agora vou, mas volto.
inté!
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