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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Romaria



O lado de lá
Que é o lado bom de se estar.
Pergunte ao seu orixá!
Aqui é só blablablá,
Apenas terreno lugar.
Um dia hei de voltar
Ao pó de onde vim
Que não é começo nem fim,
Somente parte de mim.
E como fênix ressurgir
Pronta para novamente partir
Até minha real origem,
Nem devassa nem virgem,
Mas viajante estelar.
Eis que já estou outra vez cá.
Oxalá!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Amadure-SER


Hoje aprendi que posso viver dia após dia
Como se cada dia fosse o último, no presente,
E saber que não o é, na verdade,
Pois o que há depois do fim aparente,
Que a maioria acha,
É a eternidade,
Até que o ser humano renasça
E o ciclo todo recomece
A fim de que a evolução se faça.

Hoje aprendi que posso trabalhar sem demanda
Como se não existissem clientes me fazendo cobrança
E saber que o freguês da minha fila não anda
Pois a caneta sou eu quem comanda.
De tanto escrever sem oferta e procura,
Sou eu que ofereço minha própria cura
Até escorrer em versos, tinta, rima e epifania
Ou o que quer que seja que compõe este ofício
Onde não há encomenda ou precipício
Porque se trata de poesia.

Hoje aprendi que posso sofrer milhões de ofensas
Como se eu fosse um poço de fracassos subsequentes
E saber que perder, às vezes, não é nenhuma doença
Pois agora creio na vertente
De que ser menosprezada não importa.
Quantas vezes cair, mais ainda meu sonho será atraente
Pois é relativo o conceito de sucesso e derrota
Até que eu consiga e a mim mesma prove, por bem,
Que eu não preciso provar nada a ninguém.

Hoje aprendi que posso amar sem barreiras
Como se não existissem fronteiras
E saber que há equilíbrio na balança
Pois sentir sem medo não é sinônimo de ser aventureira.
Que se entregar é quase como ser criança
Quando se atira nos braços de quem deposita confiança.
Reconheci que sofrer é em vão
E entendi que o limite do amor
É o doce e etéreo sabor

Da imensidão.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Feriado



Não adianta
Sexta-feira santa 
Comendo peixe 
Só na garganta 
Ou de enfeite 
Fugindo de um gesto mundano 
E agir como profano 
Sendo cretino e grosseiro 
O resto do ano 
Inteiro.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Binômios



Há quem possua o dom da síntese
Enquanto há quem prefira a análise. 
Já eu me contento em ser antítese, 
Paradoxo em eterno processo de catarse.