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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Moeda de Troca


A fé que acalma um coração aflito
Amansa o desespero e ameniza o conflito
É a mesma fé que na alegria concebida
Não agradece a graça concedida?

Jamais! A fé nada tem a ver com essa culpa.
A falha é do falso fiel que, sem desculpa,
Sabe pedir e espraguejar à vontade
Caso não consiga o que almeja da divindade.

Crença não deve ser objeto de barganha;
Deixar promessa pendente é baixeza tamanha!
Nessa vida, tudo pode ser comprado,
E entre corruptos também ser negociado...

Entretanto, um acordo humano
Não é válido no fim, pois é algo mundano:
Além do plano terreno, há muito mais!

Quando um corpo sucumbe e na cova jaz,

Não há como, depois, tentar moeda de troca.

Se a alma é pura, mediana, ou porca,
Assim será julgada sem tabela de preço:
O que é feito aqui hoje, define um futuro endereço.

domingo, 7 de outubro de 2012

Agridoce


Uma era açucarada
E a outra, amarga:
Levavam uma vida azeda,
E só havia incerteza
Até que se encontraram:
Sabores que se completavam.
O resultado poderia ser qual fosse!
Mas assim começara um amor agridoce.

sábado, 29 de setembro de 2012

Soneto sem Destinatário


Escrevo versos sem destinatário,
Conformo-me sendo remetente.
Apenas compor já me faz contente,
Desprendimento gradual e diário.

Dessa forma sigo sempre em frente
Fazendo de minhas estrofes, relicário:
Num monólogo, roteiro solitário,
Inspirado por ânsia latente.

Portanto, não dedico a ninguém
Nenhum poema, nenhuma carta.
Se um dia eu amar alguém,

Declararei o que sinto, e isso basta:

Pois quando acaba o querer bem,
A poesia marca e a palavra se arrasta.

domingo, 23 de setembro de 2012

Nome


O amor não tem conceito,
E tampouco preconceito.
O amor não tem nexo,
Cor, raça ou sexo...
O amor não tem religião,
Credo, seita ou sermão.
O amor não tem sobrenome,
Nem família de renome.
O amor só tem um nome,
E esse nome é: amor.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Ar(risque)


Baseado em hipóteses deduziu ideais
Sem saber que a vida é feita de experiências reais!
Prosseguiu com medo de decepções,
Sem aprender verdadeiras lições:
Descobriu no fim que temer o perigo é algo nocivo
- Viver de ses é existir no subjuntivo -.