Minha felicidade já era.
Não sei se acabou, fluiu, partiu.
Sequer sei se ela já existiu
Ou se não passou de uma quimera.
Findou-se a bela primavera,
Apenas o inverno evoluiu
E as outras estações excluiu
Juntamente com a presente era.
Oh! Efemeridade terrestre
Que nos leva até o sepulcro...
Somos só adubo de cipreste!
O Criador em todos investe
E ainda por cima sai no lucro:
A sete palmos, vida inerte!
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Ode à Ismália

A Alphonsus de Guimaraens
Se Ismália pode enlouquecer
Também tenho o direito de pirar
Em todas as torres me aprisionar
E assim, por causa de amor, morrer!
Quando então, vier o anoitecer,
Na lua do mar quero afundar,
À lua do céu quero me elevar
Para ver se lá feliz posso ser.
Se por muitas vezes devaneio
É porque me inspira Ismália...
Para quê imprimir falso freio?
Um destino melhor? Pois eu creio
Mesmo com infinita represália!
Para que viver nesse podre meio?
Também tenho o direito de pirar
Em todas as torres me aprisionar
E assim, por causa de amor, morrer!
Quando então, vier o anoitecer,
Na lua do mar quero afundar,
À lua do céu quero me elevar
Para ver se lá feliz posso ser.
Se por muitas vezes devaneio
É porque me inspira Ismália...
Para quê imprimir falso freio?
Um destino melhor? Pois eu creio
Mesmo com infinita represália!
Para que viver nesse podre meio?
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Berço

Quando me apontam como funesta
Vejo minha insignificância;
Também percebo a ignorância
De quem não me considera honesta.
Se da morbidez sou assim -mestra-,
Eu não noto tanta relevância
De ter nas trevas última estância
Para refúgio, teto e festa!
Eu olho para a escuridão,
Não existe local mais lúgubre;
O égide do meu vil coração,
Já deixou de ser a longa oração...
É tão somente a marcha fúnebre,
A embalar meu berço: o caixão!
Sustento
Passei horas com a caneta na mão
Querendo encarnar meu eu-lírico,
Mas não vem meu olhar onírico
Tampouco a preciosa inspiração...
Para aquecer todo coração
Deve-se possuir senso crítico...
Entretanto, as frases do tísico
Emocionam toda geração!
Percebam então meu sustento
Que garante o pão de cada manhã;
Se não tenho dom e nenhum talento,
Deixo isso a seu julgamento...
Não se sabe o dia de amanhã
Nem quão grande será o tormento!
Querendo encarnar meu eu-lírico,
Mas não vem meu olhar onírico
Tampouco a preciosa inspiração...
Para aquecer todo coração
Deve-se possuir senso crítico...
Entretanto, as frases do tísico
Emocionam toda geração!
Percebam então meu sustento
Que garante o pão de cada manhã;
Se não tenho dom e nenhum talento,
Deixo isso a seu julgamento...
Não se sabe o dia de amanhã
Nem quão grande será o tormento!
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Ela
Ela é a minha inspiração...
A mais perfeita das criaturas!
O seu olhar, cheio de candura
Encheu de alegria o meu coração.
Ela é esta, essa e aquela...
A razão da minha existência.
Por esse amor, peço clemência
E almejo sua carne bela!
Quando a vi e também conheci
Todo o meu ser, em êxtase entrou!
Ah minha musa, tanto eu te quis...
Tanto eu te quero! Você me quer?
O seu corpo o meu corpo desejou...
Diva, faça de mim o que quiser.
A mais perfeita das criaturas!
O seu olhar, cheio de candura
Encheu de alegria o meu coração.
Ela é esta, essa e aquela...
A razão da minha existência.
Por esse amor, peço clemência
E almejo sua carne bela!
Quando a vi e também conheci
Todo o meu ser, em êxtase entrou!
Ah minha musa, tanto eu te quis...
Tanto eu te quero! Você me quer?
O seu corpo o meu corpo desejou...
Diva, faça de mim o que quiser.
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